30.3.13

Tábua de Esmeralda


Mil noites de verão,
o calor entrelaçante refutando leis da física
Tábua, rochas, preciosas, bem

Uma noite de verão,
a música continuou por outras longas noites
sem leis
nem pudor
nem ardor
nem enlevo

Ouvi uma vez,
num desses tantos vinis, que um pecado leva a outro
outros tantos
nenhum

Outros lençóis,
sem o sabor adocicado
nem o nevoeiro dos cigarros
nem as mil noites de verão
ou a tábua, rochas, preciosas, bem

Mil noites de verão,
sem amanhã
ou perspectivas
ou conversas furadas fora daquele nevoeiro adocicado
das tábuas, dos cigarros, dos pecados

Sem amanhã
ou depois,
ou depois
a promessa silenciosa de mil noites de verão
doce nevoeiro de tábuas preciosas
refutando leis
reis
e jardins.


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